CAMINHOS EM RUÍNAS

TRANSFORMAÇÕES DO PATRIMÔNIO INDUSTRIAL DA REGIÃO METROPOLITANA DE FLORIANÓPOLIS

Resumo

Este artigo relata uma prática teórica e poética fundamentada no caminhar na arte contemporânea. O objetivo é explorar a interseção entre memória cultural, preservação e ruínas de patrimônios industriais da Região Metropolitana de Florianópolis. O estudo compara a Trilha dos Naufragados, em Florianópolis, e a Trilha da Praia do Cedro, em Palhoça. Também se realiza uma aproximação poética entre menires pré-históricos e ruínas contemporâneas. As teorias de Francesco Careri e John Ruskin são utilizadas no intuito de analisar as transformações das paisagens naturais e culturais, considerando a preservação ou a ausência dela. O caminhar é visto como uma forma de resistência contemporânea, permitindo uma vivência das mudanças na paisagem e identidade cultural. Destaca-se, assim, a importância da memória coletiva histórica e a preservação do patrimônio industrial, não apenas em suas estruturas materiais, mas também em narrativas e saberes que carregam, bem como os desafios contemporâneos para sua conservação e reutilização.