TRÊS VEZES TAINÁ, POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES DE PELÍCULAS INDIGENISTAS PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
DOI:
https://doi.org/10.19179/2319-0868.749Resumen
Este estudo filmográfico teve como objetivo descrever e analisar os três filmes que relatam a história de Tainá, uma indígena que vive na Amazônia, produzidos no Brasil entre 2000 e 2013. Utilizaram-se como marco legal quatro documentos educacionais: a Lei 9.795/1999, que institui a Educação Ambiental no currículo; a Lei 11.645/ 2008, que torna obrigatório o “estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena” no Ensino Fundamental e Médio; a Lei 13.006/2014, que obriga a exibição mensal de filmes nacionais nas escolas; e a Resolução CNE/CP n. 02/2017, que institui a BNCC. A pesquisa resultou nas seguintes constatações: os três filmes têm estrutura similar à de contos populares; são episódios curtos, apresentando as figuras de herói, anti-herói e ajudantes de herói, bem como elementos mágicos e desfechos finais. Tratam da exploração ilegal de recursos naturais na Amazônia e da importância dos povos indígenas para a preservação do lugar, podendo permitir leituras críticas e atender às demandas legais e didático-pedagógicas nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
Citas
BAUMAN, Zygmunt. Vida para o consumo: a transformação das pessoas em mercadoria. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
BEHREND, Danielle Monteiro; COUSIN, Cláudia da Silva; GALIAZZI, Maria do Carmo. Base Nacional Comum Curricular: o que se mostra de referência à Educação Ambiental? In: Ambiente & Educação -Revista de Educação Ambiental Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental Universidade Federal do Rio Grande do Sul- FURG. ISSN 1413-8638 E-ISSN- 2238-5533 Edição Especial para o X Encontro e Diálogos com a Educação Ambiental- EDEA Vol. 23, n. 2, 2008. DOI: https://doi.org/10.14295/ambeduc.v23i2.8425
BRASIL. Constituição Federal. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm. Acesso em: 09 de nov. 2019.
______. Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, Institui a Política Nacional de Educação Ambiental. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm. Acesso em: 10 de nov. 2019. ______. Lei nº 11.645 de 10 de março de 2008. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Disponível: http://legis.senado.leg.br/norma/569484. Acesso em: 11 de nov. 2019.
______. Resolução nº 2, de 15 de junho de 2012. Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental. Diário Oficial da União. Brasília: DOU, 2012. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rcp002_12.pdf. Acesso em: 10 de nov. 2019.
_______. Lei nº 13.006, de 26 de junho de 2014. Acrescenta § 8º ao art. 26 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para obrigar a exibição de filmes de produção nacional nas escolas de educação básica. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13006.htm. Acesso em: 11 de nov. 2019.
______. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base nacional comum curricular. Brasília, DF, 2016. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/#/site/inicio. Acesso em: 12 de nov. 2019.
CAVALLO, Gonzalo Aguilar. Conhecimentos ecológicos indígenas e recursos naturais: a descolonização inacabada. In: Estudos Avanços, São Paulo, v. 32, n. 94, p. 373-390, set.- dez. 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/s0103-40142018.3294.0024
DUARTE, Rosália. Cinema & educação. BH: Autêntica, 2002.
FABRIS, Eli. Em Cartaz – O cinema brasileiro produzindo sentidos sobre escola e trabalho docente. Porto Alegre, UFRGS, 2005, 250 p., Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005.
GOBBI, Flávio Schardong; Baptista, Marcela Meneghetti; PRINTES, Rafaela Biehl; COSSIO, Rodrigo Rasia. Breves aspectos socioambientais da territorialidade Mbyá-Guarani no Rio Grande do Sul. In: Coletivos Guarani no Rio Grande do Sul: territorialidade, interetnicidade, sobreposições e direitos específicos. Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul / Comissão de Cidadania e Direitos Humanos Porto Alegre: ALRS/CCDH, 2010.
PREZIA, Benedito. História da resistência indígenas: 500 anos de história. São Paulo: Expressão Popular, 2017.
RIO GRANDE DO SUL. Assembleia legislativa. Relatório Azul, garantias e violações dos direitos humanos. Porto Alegre, RS: Comissão de cidadania e direitos humanos, 2017.
SAUTCHUK, Jaime. Cacique Raoni, defensor da Amazônia e dos povos da floresta. In: Xapuri Socioambiental. Acre: Comunicação e Projetos Ltda, n. 60, p. 09-14.
out. 2019.
SCHEFER, Maria Cristina. Dos Grimm a Câmara Cascudo: um caso de tradução cultural. 2008 (103 f.) Dissertação (Mestrado em Letras e Cultura Regional). Caxias do Sul: Universidade de Caxias do Sul, RS, 2008.
______. Teko Jeapo, a escola indígena autônoma Sul do Brasil: Inovação Etnoinstitucional, Já! Revista Euroamericana de Antropologia, n.º 8, p. 105-116, ago./dez. 2019. DOI: https://doi.org/10.14201/rea20198105116
SOUZA, José Otávio Catafesto de. Indígenas no Rio Grande do Sul: breve relato sobre grupos humanos autóctones no sul do Brasil. In: Da África aos indígenas do Brasil: caminhos para o estudo de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. Porto Alegre: UFRGS, 2016.
TAINÁ uma aventura na Amazônia. Direção: Tânia Lamarca; Sérgio Bloch/M.A Marcondes Pedro Rovai. Rio de Janeiro: Tietê produções cinematográficas, M.A. Marcondes Art films: 2001. 1 DVD.
TAINÁ a aventura continua 2. Direção : Mauro Lima/ Produção Pedro Carlos Rovai, Virginia Limberger e Erica Iootty. Rio de Janeiro: Tietê produções cinematográficas, globo filmes, Columbia Tristar filmes, 2004. 1 DVD.
TAINÁ 3 a origem. Direção: Rosane Svartman/ Produção Pedro Rovai. Rio de Janeiro: Globo Filmes, 2013.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Ao submeter um artigo à REVISTA da FUNDARTE e tê-lo aprovado, os autores mantem os direitos de autoria e concordam em ceder, sem remuneração, os seguintes direitos autorais à REVISTA da FUNDARTE : os direitos de primeira publicação e permissão para que esta revista redistribua esse artigo e seus dados aos serviços de indexação e referências que seus editores julguem usados.
Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons Não Comercial 4.0 Internacional.
