n. 25 (13): Arte, Educação e Performance

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Editorial

É um grande privilégio apresentar o número 25º da REVISTA DA FUNDARTE, cuja edição, a partir desta será feita em formato eletrônico.

A presente edição constitui-se de dez artigos, com temáticas que se referem à Educação e Arte no mundo contemporâneo, fazendo um entrelaçamento entre discussões relativas à educação e as linguagens das artes visuais, dança, música e teatro, as vezes transversalizadas com áreas afins. Os textos tratam de assuntos emergentes na nossa sociedade, tais como interdisciplinaridade, inclusão e outros, provocando os leitores a refletirem sobre as temáticas que se impõe na Educação, Arte e Cultura.

O primeiro texto Artista-Professor: da vida à obra, pesquisa e produção, a autora Úrsula Rosa da Silva trata da relevante questão que envolve o artista que se assume como pesquisador dentro de um contexto: o Ensino da Arte Pesquisa e Produção. A partir desse foco, busca analisar a atuação dos professores enquanto artistas-professores, as metodologias de ensino, legitimação e representatividade junto à comunidade.

Cibele Sastre, em seu texto Um olhar poético sobre a diferença na dança contemporânea em Perspectivas: somos todos deficientes? discute o tema da inclusão dos alunos com necessidades especiais, buscando articular a experiência estética e artística com a instalação coreográfica Perspectivas e, os conceitos de ética, estética e cuidado de si.

A tragédia grega em terras gaúchas é o tema do artigo de Marcelo Adams no qual analisa o texto dramático As núpcias de Teodora- 1874, do dramaturgo gaúcho Ivo Bender, em relação com a tragédia grega Ifigênia em Áulis, do grego Eurípides.  

Os autores Cristina Rolim Wolffenbüttel, Lucas Pacheco Brum e Martha Wankler Hoppe falam de um tema desafiador para a educação, Interdisciplinaridade: ambiguidades e desafios para a formação Inicial de professores. O artigo objetiva tratar da terminologia, bem como discutir as ambiguidades e os desafios originados de sua prática.

Carmen Lúcia Capra em Traços e Traçados da Experiência propõe-se a compreender o conceito de experiência mediante um aprofundamento histórico-filosófico do termo, a fim de identificar suas possíveis possiblidades, com o objetivo de contribuir para o ensino das artes. 

Márcia Pessoa Dal Bello, em seu artigo intitulado A docência em Teatro: uma investigação a partir da prática dos professores traz uma reflexão sobre a singularidade das práticas docentes em teatro, a partir de uma discussão teórica entre os conceitos de moral e ética de Michel Foucault e as contribuições de  Stanislavski para a pedagogia do teatro.

Com o texto Minha cidade tem um rio, a autora Mariana Silva da Silva propõe uma investigação a respeito das práticas urbanas, enfocando a apropriação crítica da paisagem, especialmente da invisibilidade do Rio Guaíba de Porto Alegre, RS, dentre outros rios e paisagens.

Experiências de mediações- grupo patafísica é o tema do artigo dos autores Carolina Corrêa Rochefort, Priscila Costa Oliveira e André Martins Ziegler, no qual apresentam as atividades de mediação artística desenvolvidas pelo grupo Patafísica: mediadores do imaginário, que atua na galeria de arte A SALA do Centro de Artes da Universidade Federal de Pelotas.

O nono artigo, A vida secreta de Laura: um processo de encenação dos contos “A Vida íntima de Laura” e “O ovo e a galinha” de Clarice Lispector, de Milena Ferreira Mariz Beltrão apresenta os pontos teóricos e relatos de experiências mais importantes do processo de encenação do espetáculo, que tem o nome deste artigo, enfatizando os princípios de criação a partir do projeto de autoria de Clarice Lispector.

E finalmente, o texto intitulado A música como conteúdo obrigatório na Educação Básica: da lei à realidade escolar [de Uberlândia-MG], de Silvana de Oliveira Gasques, analisa criticamente as dificuldades e possibilidades de implementação da Lei 11.769/2008 que institui o ensino obrigatório da música na educação básica, com foco no estudo das representações de professores da rede pública municipal de ensino de Uberlândia e da Universidade Federal de Uberlândia, MG.

Nesta edição, também consta um ensaio dedicado à artista que dá o nome a Galeria de Arte Loide Schwambach da FUNDARTE. Júlia Hummes relata um pouco sobre a trajetória de Loide e a concepção de seu trabalho.

Agradeço a todos os autores e pareceristas que colaboraram com esta edição, contribuindo com seus saberes e provocando reflexões sobre os relevantes temas abordados. Desejamos a todos uma excelente leitura e uma prazerosa desacomodação. 

 

Márcia Pessoa Dal Bello

Editora da Revista da FUNDARTE

Publicado: 13.12.2013

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