n. 05 (3): Políticas de Ação e Pesquisa em Educação Musical

					Visualizar n. 05 (3): Políticas de Ação e Pesquisa em Educação Musical

Editorial

É com grande satisfação que apresentamos o quinto número da Revista da FUNDARTE, Políticas de ação e pesquisa em Educação Musical, uma coletânea de textos e resumos que abordam e discutem temáticas da Educação Musical como práticas sociais e propostas curriculares.

Esta edição da Revista é aberta com um artigo escrito a várias mãos, intitulado Entre congadeiros e sambistas: etnopedagogias musicais em contextos populares de tradição afro-brasileira, em que as autoras Marília Stein, Maria Elizabeth Lucas, Luciana Prass e Margarete Arroyo apresentam alguns resultados de três estudos etnográficos realizados em cenários distintos, como uma escola de samba, uma oficina de música e um terno de congo. As pesquisas focalizam as etnopedagogias e desencadeiam reflexões acerca das relações entre educação musical e cultura. 

Discutir algumas dificuldades e desafios relacionados à elaboração de um projeto de reformulação curricular, numa perspectiva democrática e participativa, é a proposição de Luciana Del Ben em seu texto Situação dos Cursos Superiores de Música no Rio Grande do Sul: relato de uma experiência. Ela enfatiza seu desejo de compartilhar com os leitores suas preocupações como coordenadora de um curso de graduação em música.

Jusamara Souza, Teresa Mateiro, Cláudia Bellochio e Magali Kleber são as autoras de Políticas de ação da ABEM para a Região Sul. O artigo aborda as políticas institucionais e aponta algumas metas e proposições para o fortalecimento da educação nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Analisar a compreensão das crianças no que se refere à estruturação rítmica musical é um estudo fundamentado na epistemologia genética de Piaget e utiliza o método clínico. Patrícia Fernanda Carmem Kebach trabalha no decorrer de seu texto, A estrutura rítmica musical, com os conceitos piagetianos de integração, abstração empírica e diferenciação.

O quinto trabalho desta revista é de Regina Antunes Teixeira dos Santos e intitula-se Aspectos da prática reflexiva de solfejo na proposta de Davidson e Scripp, no qual a autora fundamenta suas análises na visão dos princípios práticos-reflexivos propostos por Donal Schön.

Com o título Grupos de Rap: seus ensaios e apresentações, o texto de Vania Malagutti Fialho descreve e analisa um conjunto de dados trazidos por vinte grupos das periferias de Alvorada, Guaíba e Porto Alegre. A autora revela que é durante os ensaios e apresentações desses grupos que os músicos passam a ser reconhecidos, fortalecendo assim as trocas sociomusicais.

A opinião dos licenciandos em música sobre sua formação é um recorte da pesquisa realizada por Cristina Mie Ito Cereser, fundamentada nas perspectivas de formação de professores, organizadas por Pérez Gómes. O trabalho utilizou um survey de pequeno porte e englobou licenciandos de três universidades federais do RS.

Reflexões sobre formação, concepções e atuação de docentes constituem Pensar e realizar em Educação Musical: desafios do professor dos anos iniciais do Ensino Fundamental, um trabalho de pesquisa desenvolvido por Cláudia Ribeiro Bellochio, Caroline Silveira Spanavello, Eliane da Costa Cunha e Helena Marques Pimenta.

Para encerrar esta edição temos o artigo de Regiana Blanc Wille, que tem como foco Adolescentes e música: uma investigação a partir de suas experiências formais, não-formais e informais. A autora baseia suas reflexões em autores como José Carlos Libâneo e Jusamara Souza, dentre outros, numa abordagem metodológica de estudos multicasos.

A novidade deste número é que temos um espaço destinado aos resumos de relatos de experiências e comunicações de pesquisas em andamento, que foram apresentados durante o VI Encontro da ABEM Sul e I Encontro dos Cursos Superiores de Música do Rio Grande do Sul.

Boa leitura!

Profa. Maria Cecilia Torres
Pela comissão editorial

Edição completa