MAS AONDE FOI PARAR A SANTA DO SERTÃO, MARIA SALDANHA?: PROCURA INCESSANTE POR FIGURAS FEMININAS QUE ACAMPAM UM ÍNTIMO/MUNDO IMENSAMENTE POVOADO

Autores

  • João Vítor Ferreira Nunes Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

DOI:

https://doi.org/10.19179/2319-0868/758

Palavras-chave:

Energia Ânima, Jornada Artetnográfica, Ritos de Passagem

Resumo

No século XX, em pleno sertão nordestino, eis que existiu uma flor que brotou e se adaptou à seca da região, chamada Maria Saldanha, e que logo fora reconhecida como uma mulher Santa. Ocupando um lugar de escuta entre gerações, desancorei da memória das mulheres de minha família Mulato uma história feminina, cujos ritos remontam significativos episódios de ruptura com a educação padrão para os sexos. Eis aqui um estudo que, rapidamente, afinou laços entre parentescos e destampou uma comunicação cênica pelas vias da fala/performance ao realizar uma busca incessante pela figura da Santa do Sertão, Maria Saldanha, cuja mulher sumiu no mundo ao ser humilhada e expulsa de várias terras por ir contra o patriarcado.

Biografia do Autor

João Vítor Ferreira Nunes, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Artista-docente em formação. Doutoranda em Teatro pela Universidade do Estado de Santa Catarina (PPGT UDESC). Mestra pelo Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas (PPGArC UFRN). Graduada em Teatro pela UFRN e Pedagogia pela UNINASSAU. Trafega pelos solos das artes, pesquisando teorias femininas, feministas pelo viés da ânima/animus e de gênero, rito, mito, arquétipos, ego e sombra, atrelado as linguagens do Teatro, da Dança e da Performance, chegando a comunicações pelas vias da fala/cena. E-mail: joaovitormulatto@gmail.com

Referências

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Publicado

30.12.2020

Como Citar

Nunes, J. V. F. (2020). MAS AONDE FOI PARAR A SANTA DO SERTÃO, MARIA SALDANHA?: PROCURA INCESSANTE POR FIGURAS FEMININAS QUE ACAMPAM UM ÍNTIMO/MUNDO IMENSAMENTE POVOADO. Revista Da FUNDARTE, 43(43), 1–15. https://doi.org/10.19179/2319-0868/758

Edição

Seção

Relato de Experiência