MAS AONDE FOI PARAR A SANTA DO SERTÃO, MARIA SALDANHA?: PROCURA INCESSANTE POR FIGURAS FEMININAS QUE ACAMPAM UM ÍNTIMO/MUNDO IMENSAMENTE POVOADO

Authors

  • João Vítor Ferreira Nunes Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

DOI:

https://doi.org/10.19179/2319-0868/758

Keywords:

Energia Ânima, Jornada Artetnográfica, Ritos de Passagem

Abstract

No século XX, em pleno sertão nordestino, eis que existiu uma flor que brotou e se adaptou à seca da região, chamada Maria Saldanha, e que logo fora reconhecida como uma mulher Santa. Ocupando um lugar de escuta entre gerações, desancorei da memória das mulheres de minha família Mulato uma história feminina, cujos ritos remontam significativos episódios de ruptura com a educação padrão para os sexos. Eis aqui um estudo que, rapidamente, afinou laços entre parentescos e destampou uma comunicação cênica pelas vias da fala/performance ao realizar uma busca incessante pela figura da Santa do Sertão, Maria Saldanha, cuja mulher sumiu no mundo ao ser humilhada e expulsa de várias terras por ir contra o patriarcado.

Author Biography

João Vítor Ferreira Nunes, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Artista-docente em formação. Doutoranda em Teatro pela Universidade do Estado de Santa Catarina (PPGT UDESC). Mestra pelo Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas (PPGArC UFRN). Graduada em Teatro pela UFRN e Pedagogia pela UNINASSAU. Trafega pelos solos das artes, pesquisando teorias femininas, feministas pelo viés da ânima/animus e de gênero, rito, mito, arquétipos, ego e sombra, atrelado as linguagens do Teatro, da Dança e da Performance, chegando a comunicações pelas vias da fala/cena. E-mail: joaovitormulatto@gmail.com

References

DESPENTES, V. Teoria King Kong. São Paulo: n-1 edições, 2016.

ESTES, C. P. Mulheres que correm com os lobos: mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1994a.

____________________. A ciranda das mulheres sábias: ser jovem enquanto velha, velha enquanto jovem. Rio de Janeiro: Rocco, 2007b.

GENNEP, A. Os Ritos de Passagem. Petrópolis: Vozes, 2011.

JUNG, C. G. Os arquétipos e o inconsciente coletivo. Petrópolis: Vozes, 2000.

LYRA, L. F. R. P. Caboclos, guerreiras, artistas de f(r)icção: cravos e pérolas d’alma. Urdimento, v.2, n. 25, p. 72-83, 2015. DOI: https://doi.org/10.5965/1414573102252015072

NUNES, J. V. F. A Força e a Chuva Feminina em um Sertão bem masculino: imersão performática nos Ritos de Passagem de Bia Mulato pela Mitodologia em Arte. Natal, 2019. Dissertação (Mestrado em Artes Cênicas) – Departamento de Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

TURNER, V. Floresta de Símbolos: aspectos do ritual Ndembu. Rio de Janeiro: Niterói, 2005.

Published

30/12/2020

How to Cite

Nunes, J. V. F. (2020). MAS AONDE FOI PARAR A SANTA DO SERTÃO, MARIA SALDANHA?: PROCURA INCESSANTE POR FIGURAS FEMININAS QUE ACAMPAM UM ÍNTIMO/MUNDO IMENSAMENTE POVOADO. Revista Da FUNDARTE, 43(43), 1–15. https://doi.org/10.19179/2319-0868/758

Issue

Section

Relato de Experiência