APRENDENDO COM AS CRIANÇAS
EXPERENCIANDO A POSSIBILIDADE DE TECER COMUNIDADES ATRAVÉS DA PRÁTICA DE EXERCÍCIOS ARTÍSTICOS-ORGÂNICOS
DOI:
https://doi.org/10.19179/rdf.v63i63.1447Palavras-chave:
Exercícios artísticos-orgânicos., Escola., ComunidadesResumo
Esse trabalho se desenvolve no final do ano de 2019, no qual observamos as possibilidades dos exercícios artísticos-orgânicos com um grupo de 30 alunas e alunos integrantes de uma Escola Municipal de Ensino Fundamental no município de Araraquara, São Paulo. Nossa inquietação primeira foi com relação aos processos de socialização, mobilizados através das interações das crianças ao exercitarem seus exercícios diversos em coletivo. A proposta da nossa pesquisa não esteve firmada em respostas únicas e definitivas, ao contrário, nas possibilidades que ocorrem em processos que se abrem para o inesperado. Portanto, o objetivo da pesquisa foi evidenciar pistas referentes aos processos de formação de comunidades em ambientes escolares violentos tendo por base uma diversidade de exercícios artísticos-orgânicos, ativados pelas narrativas e discussões, manifestadas através do ato de se inscrever em um corpo social. Para subsidiar os aspectos teóricos e metodológicos da pesquisa dialogamos com os seguintes autores: Rufino (2021, 2023); Freire (1979); Apoema (2020); Rolnik (1993, 2018). A abordagem metodológica teve a proposta de uma diversidade de exercícios artísticos-orgânicos como condutora do pensar reflexivo e do encontro com o outro. A (inter)locução com as crianças ocorreu em 16 encontros com duração de três a quatro horas cada. Neste processo, ao acompanhar as interações por meio das narrativas e discussões, identificamos a elaboração de sentidos e suas múltiplas conexões, nos quais as alunas e alunos puderam se perceber na presença do outro, em movimentos de diálogos constituídos de sentidos, saberes e sensibilidades.
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Referências
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