BLACKAMOOR
DECOLONIZANDO A REPRESENTAÇÃO DO NEGRO PARA SEMPRE SUBSERVIENTE
DOI:
https://doi.org/10.19179/rdf.v58i58.1198Palavras-chave:
blackamoor; representação, negro; subserviente; iconografia da escravidão;Resumo
Este artigo busca compreender a utilização da imagem do negro, mas especificamente de mouros imigrantes da Itália representados como objetos de decoração tidos como exóticos e chamados blackamoors. Essa representação tipicamente masculina, em sua diversidade iconográfica apresenta apenas a cabeça, ou cabeça e ombros, de frente para o espectador em uma pose simétrica. Embora, na escultura decorativa, o corpo inteiro é representado, para segurar bandejas como servidores visuais ou arandelas de bronze para segurar velas ou luminárias, retratados em pares. Eles podem ser incorporados em pequenos estandes, mesas ou andirons. Existem blackamoors que estão em posições acrobáticas que seriam impossíveis de manter por um período prolongado de tempo para uma pessoa real. Como metodologia busca-se também analisar seis exemplares a partir da iconografia, analise proposta por Panofsky. A iconografia trata-se do estudo e interpretação da forma de uma arte para o entendimento do contexto e estética das diferentes obras em estudo, dos modos de vida e a inserção no contexto social.
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