A FLÂNEUSE E A VITRINE

NARRATIVAS URBANAS E O CAMINHAR COTIDIANO DAS MULHERES PELA CIDADE

Authors

  • Luísa Horn de Castro Silveira Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, Porto Alegre, RS/Brasil https://orcid.org/0000-0001-6706-922X
  • Simone Mainieri Paulon Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, Porto Alegre, RS/Brasil

DOI:

https://doi.org/10.19179/rdf.v66i66.1688

Keywords:

gênero, planejamento urbano, Literatura

Abstract

This article proposes a discussion about the experience of women walking through urban spaces, articulating the subjectivating function of these walks and the production of narratives about the city through feminine perceptions. Drawing on the symbolic image of the flâneuse, in dialogue with the shop windows, the investigation, based on the cartographic method, relies on literature and other artistic expressions to develop analyses on the resistance to male domination in the urban space, fear, consumption, body and sexuality, from a decolonial perspective. In the end, we emphasize the multiple transgressive potentials of women's movements through the city, presenting art as a possibility to reinforce and sustain the marks they leave in urban spaces.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Luísa Horn de Castro Silveira, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, Porto Alegre, RS/Brasil

Bolsista Pós-doc na Universidade Federal de Sergipe (UFS). Doutora em Psicologia Social e Institucional pela UFRGS (2024). Mestra em Saúde Coletiva pela UFRGS (2018). Especialista em Saúde Mental pela Residência Integrada Multiprofissional em Saúde do HCPA (2016). Psicóloga graduada pela PUCRS (2011). Integrante do Programa de Extensão Clínica Feminista na Perspectiva Interseccional da UFRGS e do Coletivo Turba. Experiência em Saúde Mental Coletiva, Psicologia Social, Psicologia Clínica, Políticas de Saúde, Pesquisa em Saúde e Psicologia Hospitalar. Áreas de interesse: Psicologia Social; Saúde Mental Coletiva, Saúde Popular e Povos Tradicionais; Estudos Urbanos e Subjetividade; Raça, Gênero e Interseccionalidade; Métodos qualitativos de pesquisa.

Simone Mainieri Paulon, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, Porto Alegre, RS/Brasil

Psicóloga (PUCRS), especialista em Psicologia Social (PUCRS), com mestrado em Educação (UFRGS), doutorado em Psicologia Clínica (PUC-SP) e estágio pos-doutoral no PPG de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) com período de professora visitante no Dipartimento di Psicologia,dellAlma Mater Studiorum, Università di Bologna (2018) e de pesquisadora visitante senior no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra pelo Programa Institucional de Internacionalização da Capes/PRINT-UFRGS (2023). Bolsista PQ2/Cnpq. É professora titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, na qual orienta trabalhos de pesquisa e extensão junto ao Departamento de Psicologia Social e Institucional, ao PPG de Psicologia Social, e coordena grupo INTERVIRES Pesquisa-Intervenção em Políticas Públicas, Saúde Mental e Cuidado em Rede. Coordenadora do Projeto de Extensão "Clínica Feminista Antirracista Interseccional" com a Clinica de Atendimento Psicológico da UFRGS, desde 2020. Compõe o Grupo de Trabalho "Políticas de Subjetivação e Invenção do Cotidiano" da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia (ANPEPP) e o GT de Saúde Mental da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO). Compõe o conselho Diretor da ONG Themis - Gênero, Justiça e Direitos Humanos. Atua como editora associada da área de saúde mental junto à Revista Interface Comunicação, Saúde e Educação. Tem experiência na área de Psicologia e Saúde Coletiva, com ênfase em Intervenção Terapêutica e Saúde Mental.

References

BALDISSERA, M. Barraqueiras e heroínas: escritos feministas nas ruas de Porto Alegre. Horizontes Antropológicos, v. 25, n. 55, p. 179–208, 2019. DOI: 10.1590/S0104-71832019000300007.

BERTH, J. Se a cidade fosse nossa: racismos, falocentrismos e opressões nas cidades. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2023.

BUTLER, J. Gender Trouble: feminism and the subversion of identity. New York: Routledge, 1999.

CASSIANO, M.; FURLAN, R. O processo de subjetivação segundo a esquizoanálise. Psicologia & Sociedade, v. 25, n. 2, p. 373-378, 2013.

DELEUZE, G. Lógica do Sentido. São Paulo: Perspectiva, 1974.

ELKIN, L. Flâneuse: mulheres que caminham pela cidade em Paris, Nova York, Tóquio, Veneza e Londres. São Paulo: Fósforo, 2022.

GONZALEZ, L. Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.

GUATTARI, F. Caosmose: um novo paradigma estético. São Paulo: Ed. 34, 1992.

HARTMAN, S. Vidas rebeldes, belos experimentos: histórias íntimas de meninas negras desordeiras, mulheres encrenqueiras e queers radicais. São Paulo: Fósforo, 2022.

hooks, b. Talking back: thinking feminist, thinking black. New York: Routledge, 1989.

KASTRUP, V. O funcionamento da atenção no trabalho do cartógrafo. Psicologia & Sociedade, v. 19, n. 1, p. 15-22, 2007.

KERN, L. Cidade feminista: a luta por espaço em mundo desenhado por homens. Rio de Janeiro: Oficina Raquel, 2021.

INSTITUTO PATRÍCIA GALVÃO. #meninapodetudo - como o machismo e a violência contra a mulher afetam a vida das jovens das classes C, D e E? Recuperado de: https://dossies.agenciapatriciagalvao.org.br/dados-e-fontes/pesquisa/meninapodetudo-machismo-e-violencia-contra-a-mulher-enois-inteligencia-joveminstituto-vladimir-herzoginstituto-patricia-galvao-2015. Acesso em: 10 de janeiro de 2022.

LORDE, A. Irmã Outsider: ensaios e conferências. Belo Horizonte: Autêntica, 2021.

MAM - MUSEU DE ARTE MODERNA DO RIO DE JANEIRO. Por que homenagear bandidos. 2021. Recuperado de: https://mam.rio/obras-de-arte/por-que-homenagear-bandidos/.

MACEDO, T. dos S. V. G. de .; LEITÃO, L. The city inside me: the place of subjectivity in the urban space constitution. Research, Society and Development, v. 12, n. 3, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i3.40401.

ROMERO, M. L. de; ZAMORA, M. H. Pesquisando cidade e subjetividade: corpos e errâncias de um flâneur-cartógrafo. Psicologia em Estudo, v. 21, n. 3, p. 451, 2016. DOI: 10.4025/psicolestud.v21i3.29787.

RIO, J. do. A alma encantadora das ruas. São Paulo: Companhia das Letras, 1908.

SIMAS, L. A. O corpo encantado das ruas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2021.

STOLL, D. S. A flânerie de uma andarilha urbana. Revista Estudos Feministas, v. 28, n. 1, 2020. DOI: 10.1590/1806-9584-2020v28n157230.

Published

06/10/2025

How to Cite

Horn de Castro Silveira, L., & Mainieri Paulon, S. (2025). A FLÂNEUSE E A VITRINE: NARRATIVAS URBANAS E O CAMINHAR COTIDIANO DAS MULHERES PELA CIDADE. Revista Da FUNDARTE, 66(66), e1688. https://doi.org/10.19179/rdf.v66i66.1688