DESAFORISMO PELOS GESTOS EM AGENCIAMENTOS COM SONHOS, FEMINISMOS E AS MARCIANAS (MÁRCIA X, MARCIA TIBURI)

Autores

  • Tatiana dos Santos Duarte UnB/Doutoranda
  • Maria Beatriz de Medeiros UnB/Docente

DOI:

https://doi.org/10.19179/rdf.v53i53.1180

Palavras-chave:

Arte, Feminismos, Aforismo, Performance

Resumo

Este texto coloca como provocações os desaforismos em gestos que lançam frases como ponto de partida. Tendo os aforismos de Friedrich Nietzsche como germe e compondo uma paisagem de conceitos, agencia sonhos com Suely Rolnik pelas subjetividades, inconscientes e feminismos com as potências dos pensamentos de Márcia X e Marcia Tiburi. O objetivo é, através da arte, problematizar as questões do machismo estrutural tencionando-o por entre as vozes dos silenciamentos, fazendo compor e decompor expressões. Justificamos escrever este texto como forma de colocar, na arte e na ciência, outras formas de pensar os corpos, as corpas e os corpes que são despotencializados pelo capitalismo patriarcal. As autoras escreveram juntas em sequência uma da outra por aplicativos de mensagens. Usamos pensamentos curtos, assim como Nietzsche, para pensar os fazeres artísticos.

 

Biografia do Autor

Tatiana dos Santos Duarte, UnB/Doutoranda

Tatiana Duarte é performer e busca forças nos feminismos nômades, desenterrando algo que não foi dito: de um apagamento. Uma aprendiz que redescobre caminhos e fissuras. Doutoranda em Artes visuais pela UnB, mestra em Artes Visuais pela UFPel, licenciada em Teatro pela UFPel. Pesquisa os processos de criação e poéticas do cotidiano e coloca o corpo como suporte em performance. Desenterra algo que não foi falado: a voz remove os apagamentos. Reencontra percursos e percorre territórios. Se coloca entre mapas e vias que pinçam pulsões do corpo ao longo do fazer e dos processos de criação, trazendo à tona as relações do cotidiano e colocando o corpo como suporte. Diz redescobrindo, pois, as aberturas fazem trabalhar com o conceito de coisas-memória, trazendo um nomadismo como movimento de pensar relações com o não dito. Construindo as trocas e diálogos através dos encontros, cartografa ações, sons, fotografias e vídeos que fazem resistência às formas normativas, convencionalizadas e retangularizadas: tensionar os lugares de voz e do corpo.   

 

Maria Beatriz de Medeiros, UnB/Docente

Maria Beatriz de Medeiros. Doutora em Arte e Ciências da Arte, Pós-Doutora em Filosofia e Arte e Tecnologia. Universidade de Brasília UnB, Brasília, DF, Brasil.

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Publicado

27.03.2023

Como Citar

dos Santos Duarte, T., & Medeiros, M. B. de . (2023). DESAFORISMO PELOS GESTOS EM AGENCIAMENTOS COM SONHOS, FEMINISMOS E AS MARCIANAS (MÁRCIA X, MARCIA TIBURI). Revista Da FUNDARTE, 53(53). https://doi.org/10.19179/rdf.v53i53.1180

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