UM CORAÇÃO PARA O MAR... UMA POSSIBILIDADE DE DANÇAR COM/ NA/ PELA EDUCAÇÃO FÍSICA

Autores

  • Rodrigo Lemos Soares Universidade Federal do Pelotas - Faculdade de Educação - Programa de Pós-Graduação em Educação/ Doutorado - Grupo Interdisciplinar de Pesquisa: Narrativas, Arte, Linguagem e Subjetividade (GIPNALS).
  • Denise Marcos Bussoletti Universidade Federal do Pelotas - Faculdade de Educação - Programa de Pós-Graduação em Educação/ Doutorado - Grupo Interdisciplinar de Pesquisa: Narrativas, Arte, Linguagem e Subjetividade (GIPNALS).

DOI:

https://doi.org/10.19179/2319-0868.511

Palavras-chave:

Educação Física, Docência, Ensino de Danças, Danças Afro-religiosas

Resumo

Este trabalho apresenta algumas relações entre o ensino de danças, especificamente as Danças Afro Religiosas estabelecendo interlocuções com a Educação Física. O estudo se desenvolveu por meio de uma prática docente e está estruturado sobre os conceitos de Memória e Experiência, tendo por base o Guia de Educação Patrimonial. Referente aos resultados, as relações entre corporalidades, oriundas das danças dos orixás mostraram-se um potente instrumento pedagógico para pensar modos para aproximar Educação Física e Dança. Assim, as considerações apontam para as possibilidades de se refletir sobre o ensino, a partir das imagens e sons advindos de diferentes locais, saberes e histórias, em suas descontinuidades.

Biografia do Autor

Rodrigo Lemos Soares, Universidade Federal do Pelotas - Faculdade de Educação - Programa de Pós-Graduação em Educação/ Doutorado - Grupo Interdisciplinar de Pesquisa: Narrativas, Arte, Linguagem e Subjetividade (GIPNALS).

Professor de Educação Física pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG); Mestre em Educação em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde em ampla parceria entre FURG - UFRGS - UFSM, do Instituto de Educação, na linha de pesquisa: Educação científica: implicações das práticas científicas na constituição dos sujeitos; Mestre em História pela Universidade Federal do Rio Grande, no programa de Pós-Graduação em História (PPGH - FURG) do Instituto de Ciências Humanas e da Informação (ICHI), na linha de pesquisa Campos e linguagens da História; Especialista em Educação Física Escolar pela Pós-Graduação em Educação Física escolar do Instituto de Educação - FURG; Discente de doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Pelotas (PPGE - UFPEL), na linha de pesquisa Cultura Escrita, Linguagem e Aprendizagem e do curso de graduação em Dança - licenciatura (UFPEL); Pesquisador do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa: Narrativas, Arte, Linguagem e Subjetividade (GIPNALS), do Observatório de Memória, Educação, Gesto e Arte (OMEGA UFPEL - CNPq/ CAPES) e, também do Observatório de Políticas Públicas da Cultura Corporal (OCUCO - FURG). Tem experiência na área de Educação Física escolar e não escolar; Danças clássicas, modernas étnico e folclóricas; Ginástica Artística e Rítmica, Recreação e Lazer, na Educação Popular em cursos Pré-ENEM no componente curricular de Sociologia (voluntário) e em Tutoria presencial e a distância. Professor substituto lotado no Instituto de Educação da Universidade Federal do Rio Grande ministrando aulas nos cursos de Educação Física - Licenciatura e Pedagogia, bem como, práticas desportivas a todos os cursos desta instituição.

Denise Marcos Bussoletti, Universidade Federal do Pelotas - Faculdade de Educação - Programa de Pós-Graduação em Educação/ Doutorado - Grupo Interdisciplinar de Pesquisa: Narrativas, Arte, Linguagem e Subjetividade (GIPNALS).

Concluiu doutorado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, com bolsa sanduíche no Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho (Portugal) . É Professora Associada da Universidade Federal de Pelotas onde exerceu, dentre outras, a função de Pró-reitora de Extensão e Cultura. Publicou mais de 90 artigos em periódicos nacionais e internacionais. Possui 13 livros e 20 capítulos de livros publicados como autora/organizadora/co-autora. Tem experiência nas áreas de Educação e Psicologia, com ênfase em Psicologia Social, atuando principalmente nos seguintes temas: infância, representações sociais, identidade social, memória e narrativas populares. 

Referências

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Artística/ Secretaria de educação Fundamental. Brasília: MEC/ SEF, 1997a.

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física /Secretaria de educação Fundamental. Brasília: MEC/ SEF, 1997b.

CANDAU, J. Memória e Identidade. São Paulo: Contexto, 2012.

CERQUEIRA, F. V.; PEIXOTO, L. da S.; GEHRKE, C. Fotografia e memória social: Etnografia de uma experiência em um núcleo rural de colonização italiana em Pelotas. In: MICHELON, F.; TAVARES, F. [Orgs.]. Fotografia e Memória. Pelotas: Editora e gráfica Universitária da UFPel, 2008. Cap. X, pp.163-209.

FONSECA, T. N. de L. e. História da Educação e História Cultural. In. VEIGA, C. G. e FONSECA, T. N. L. História e Historiografia da Educação no Brasil. BH: Autêntica, 2008. pp. 49 – 75.

FOUCAULT, M. A vida dos homens infames. In: Ditos e Escritos IV: Estratégia poder-saber. [Trad.] RIBEIRO, V. L. A. R. 2 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006. pp. 203-222.

FOUCAULT, M. História da Sexualidade: A Vontade de Saber. Rio de Janeiro: Graal, 1997.

FOUCAULT, M. A arqueologia do saber. [Trad.] NEVES, L. F. B. 2ª ed. Rio de Janeiro: Forense universitária, 1986.

HALBWACHS, M. A memória coletiva. São Paulo: Vértice, 2003.

HENNING, C. C.; HENNING, P. C. Sobre verdades inventadas e mentiras potentes: práticas de si como espaço de resistência. In.: HENNING, P. [Org.]. Cultura, ambiente e sociedade. Rio Grande: Universidade Federal de Rio Grande, 2012. pp. 9-32.

HORTA, M. de L. P.; GRUNBERG, E.; MONTEIRO, A. Q. Guia básico de Educação Patrimonial. Brasília: IPHAN. Museu Imperial, 1999.

KESSEL, Z. Memória e memória coletiva. 2014. Disponível em: <http://www.museudapessoa.net/public/editor/mem%C3%B3ria_e_mem%C3%B3ria_coletiva.pdf> Acesso em: 30/04/2016.

LARROSA, J. B. Notas sobre Narrativa e Identidade. In: ABRAHÃO, M. H. M. B. [Org.] A Aventura (Auto) Biográfica: teoria e empiria. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004.

LARROSA, J. B. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação. Jan-Fev-Mar-Abr. n 19.2002. pp. 20 – 28. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-24782002000100003

LARROSA, J. B. Tecnologias do eu e educação. In: SILVA, T. T. [Org.]. O sujeito da educação: estudos foucaultianos. Petrópolis: Vozes, 1994. pp. 35-86.

NEIRA, M. G. Educação Física, currículo e cultura/ Marcos Garcia Neira, Mário Luiz Ferrari Nunes. – São Paulo: Phorte, 2009.

NORA, P. Entre a memória e a história: a problemática dos lugares. [Trad.] AUNKHOURY, Y. In. Projeto História, São Paulo: 1993.

ORTIZ, R. A morte branca do feiticeiro negro: Umbanda e sociedade brasileira. São Paulo: Brasiliense. 1999.

PORTELLI, A. Ensaios de História Oral [seleção de textos] PORTELLI, A. e SANTHIAGO, R.; [Trad.] CÁSSIO, F. L.; SANTHIAGO R. São Paulo: Letra e Voz, 2010.

PORTELLI, A. “O Momento da Minha Vida”: funções do tempo na História Oral. In: FENELON, D. R. et al [Org.]. Muitas Memórias, outras histórias. São Paulo: Olho d’água, 2004. pp. 296-313.

PORTELLI, A. Tentando Aprender um Pouquinho: algumas reflexões sobre a ética na História Oral. Projeto História, n 15, Ética e História Oral. PUC–SP, abril, 1997.

PRANDI, R. Mitologia dos orixás, São Paulo, Companhia das Letras, 2001.

SÀLÁMÌ, S. A Mitologia dos Orixás Africanos: Coletânea de Àdúrà (Rezas), Ibá (Saudações), Oríkì (Evocações) e Orin (Cantigas) usados nos cultos aos orixás na África. (Em iorubá com tradução para o português). Vol. I: Sàngó/Xangô; Oya/Iansã; Osun/Oxum e Obà/Obá. São Paulo: Oduduwa, 1990.

SANT`ANNA, D. B. Políticas do corpo. São Paulo: Estação Liberdade, 1995.

SANTOS, J. S. O sagrado e a diferença negra em oração da cabra preta, de Bruno de Menezes. Revista Ecos, vol.18, Ano XII, n° 01. 2015. pp. 146 – 165.

SBORQUIA, S. P.; NEIRA, M. G. As danças folclóricas e populares no currículo de Educação Física: possibilidades e desafios. Motrivivência (Florianópolis), v. 31, p. 79-98, 2008. DOI: https://doi.org/10.5007/2175-8042.2008n31p79

SERRA, O. No caminho de aruanda: a umbanda candanga revisitada. Afro-Ásia, vol. 25-26. 2001. pp. 215-256.

SILVA, T. T. da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 2.ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2005, pp. 111-124.

SILVA, T. T. da. A produção social da identidade e da diferença. In: SILVA, T. T. da. [Org.]. Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2000. pp. 73-102.

SILVEIRA, R. M. H. A entrevista na pesquisa em educação – uma arena de significados. In: Caminhos Investigativos II: outros modos de pensar e fazer pesquisa em educação./ COSTA, M. V. [Org.]. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. pp. 119 – 142.

STEINBERG, S.; KINCHELOE, J. L. [Orgs.] Cultura infantil: a construção corporativa da infância. Rio de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira, 2001.

Downloads

Publicado

30.03.2019

Como Citar

Soares, R. L., & Bussoletti, D. M. (2019). UM CORAÇÃO PARA O MAR. UMA POSSIBILIDADE DE DANÇAR COM/ NA/ PELA EDUCAÇÃO FÍSICA. Revista Da FUNDARTE, 37(37), p. 141–158. https://doi.org/10.19179/2319-0868.511

Artigos Semelhantes

<< < 40 41 42 43 44 45 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.