PERIGO EM ALTO MAR
REFLEXÕES ACERCA DO TEMPO DA AULA DE ARTE/TEATRO, DA ESCOLA E DA VIDA DE TODOS OS DIAS
DOI:
https://doi.org/10.19179/rdf.v57i57.1283Palavras-chave:
Experiência, Teatro e Escola, Pedagogia do TeatroResumo
Este artigo reflete de forma ensaística sobre a questão do tempo na/da educação escolar, mais especificamente, através do olhar da aula de Arte/Teatro. Para isso, o autor discute sobre algumas temporalidades, como: o esgotamento do tempo na vida cotidiana – que parece sempre estar correndo e não sendo capaz de deixar marcas nos sujeitos, o tempo da escola – que frequentemente é influenciado pela lógica do mercado, distanciando-se de um tempo liberto das obrigações produtivas, e um tempo concebido pelo ensino de Teatro no espaço escolar – que, em sua visão, possui potencialidade para criar uma outra lógica de tempo na sala de aula. Com isso, o texto se questiona sobre a instauração de uma zona temporal de perigo suscitada ao se investir em ações escolares na aula de Arte/Teatro por meio da tentativa de aproximação de um tempo da experiência, de um tempo aión. A partir da defesa da aula de Teatro na escola como um espaço-tempo inútil e perigoso, o autor embasa sua argumentação em referências como Larrosa (2016, 2018), Krenak (2020), Kohan (2020), Masschelein e Simons (2021), Pavis (2008) e Rancière (2022) e nas literaturas de Lee (2018) e Nogués (2020).
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