AS SAÍDAS MORAM NAS PALAVRAS? AS SAÍDAS PODEM MORAR NAS PALAVRAS?
ESCRITA ENQUANTO ENCONTRO COM MULHERES PRIVADAS DE LIBERDADE
DOI:
https://doi.org/10.19179/rdf.v49i49.1081Palavras-chave:
Teatro com mulheres privadas de liberdade. Literatura. Leitura. Escrita.Resumo
Neste ensaio irei me debruçar na interlocução da proposta de um caderno de exercícios de escrita criativa, intitulado Das saídas que moram nas palavras, destinado às mulheres que cumprem pena no Presídio Feminino de Florianópolis, com escritos que tratam da literatura (ANDRUETTO, 2012; CANDIDO, 2011) e da escrita como ato de “tornar-se” (KILOMBA, 2020). A proposição objetiva o diálogo artístico e poético com as mulheres que estão privadas de liberdade, tendo como hipótese principal a geração de procedimentos de escuta, nos quais as suas vozes possam ecoar. Ainda, ansiamos que as palavras gerem encontros (delas consigo mesmas, com suas companheiras, com o mundo). No momento como ainda não temos acesso as produções instigadas a partir do caderno, julgo pertinente a análise da proposta, seus atravessamentos teóricos, visando o compartilhamento de seu processo de feitura que pode, inclusive, inspirar outras proposições e projetos, ainda como metodologia Muitas são as perguntas, as dúvidas e iniciar com uma, como convoca justamente a força das palavras na abertura de mundos – questão que está no horizonte deste ensaio.
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