EXPERIMENTOS EM DANÇA NA PANDEMIA: SOLIDÕES REGURGITADAS E INTERSECCIONADAS EM MOVIMENTO
Palavras-chave:
Solidão, Mulheres, DançaResumo
Fazendo parte do Projeto de Extensão “Criação em Dança: Experimentos em Tempos de Pandemia” da Graduação em Dança: Licenciatura da UERGS, a obra Solidões Regurgitadas e Interseccionadas em Movimento é composta por uma dramaturgia da dança, que surgiu a partir de reflexões sobre o isolamento na pandemia. Tem como objetivo expressar através da dança a solidão vivida por mulheres em tempos de pandemia e fora dela. É composta por quatro partes. A primeira, intitulada “Como se o Trem Falasse”, trata-se de uma dramaturgia da dança que se inspira em um trem que passa pela estação ferroviária, apita, mas não para. Relaciona o momento atual de isolamento com uma época do passado, em que os trens permitiam a ligação entre as pessoas. Através da linguagem da dança, três personagens velhas, cada uma com suas características, vão expressar a solidão que sentem por estarem isoladas e abandonadas. Ao som do motor e apito do trem são desencadeadas lembranças, sofrimento e esperança de que alguém vai chegar e acabar com a sua solidão. O desenrolar da obra se dá com a segunda, terceira e quarta parte, através da criação de solos, intitulados “Infartada de Solidão”, “Migalhas” e “Iludindo a Solidão” em que cada velha vive uma época de sua vida: juventude, fase adulta e velhice, respectivamente. Através desse experimento de criação em dança buscamos investigar alguns atravessamentos históricos, culturais e sociais sobre a solidão da mulher, e como isso se manifesta em sua velhice.
Referências
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