Educação musical: a composição musical como possibilidade de ressignificar o processo de leitura e escrita para uma criança com dificuldade de aprendizagem
Palavras-chave:
Palavras-chave, Música, Gestalt-Terapia, Dificuldade de aprendizagemResumo
Resumo: O presente artigo refere-se a um Estudo de Caso, realizado partir dos relatos de atendimento psicológico realizados a um menino de 10 anos em que a mãe procurou a clínica-escola de um serviço de psicologia da grande Florianópolis/SC com a queixa de que o filho “é agressivo, hiperativo e tem diagnóstico de dislexia”. Durante o processo terapêutico foi percebido o interesse pela música, por parte da criança. Trabalhou-se a composição musical como forma de ressignificar as queixas apresentadas pela família, com objetivo de tirar o foco do diagnóstico e possibilitar maior confiança no que se refere ao processo de leitura e escrita. Ao total foram realizados 22 atendimentos durante o ano de 2008, onde a estagiária utilizava-se da abordagem Gestáltica. Durante este período identificamos o quanto à composição musical foi importante no processo de ressignificação da leitura e escrita, à medida que a criança conseguiu avanços positivos ao fazer uso da canção como ferramenta pedagógica, podendo, além de escrever e ler os poemas compostos por ele, aliar a melodia também de sua autoria, favorecendo a melhora sua autoestima e confiança.Referências
BERK, Laura E. Crianças que falam sozinhas. In.: Viver mente cérebro. São Paulo: Duetto. p. 67-70. Janeiro de 2007.
CHAVES, Fabiane Araujo. Caderno de entrevistas. Universidade do Sul de Santa Catarina. Palhoça: 2008. Texto não publicado.
FERREIRO, Emilia. Com todas as letras. Trad. de Maria Zilda da Cunha., retrad. E cotejo de textos: Sandra Trabucco Valenzuela. 7 ed. São Paulo, Cortez: 1999.
GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo orgs. Métodos de pesquisa .
Universidade Aberta do Brasil – UAB/UFRGS e Curso de Graduação Tecnológica –Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Rural da SEAD/UFRGS. – Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
GODOY,Arilda Schmidt. Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. RAE - Revista de Administração de Empresas. V. 35, n. 2. São Paulo: 1995, p. 57-63.
IAK, Fátima Ali Z.. Dislexia: histórico, caracterizações e proposições atuais. In.: Psicologia Brasil. São Paulo: Criarp Ltda. p. 28-29. Novembro 2004.
KRAEMER, Rudolf-Dieter. Dimensões e funções do conhecimento pedagógico-musical. Trad. Jusamara Souza. Em Pauta: Revista do Programa de Pós-Graduação em Música da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, v. 11, n. 16/17, p. 50-75, abr./nov. 2000.
MERRIAM, Allan. The anthropology of music. Evanston: Northwestern University Press, 1964.
MORAES, Roque. Análise de conteúdo. Revista Educação, Porto Alegre, v. 22, n. 37, p. 7-32, 1999.
MÜLLER-GRANZOTTO, Marcos J.; MÜLLER-GRANZOTTO, Rosane L.. Fenomenologia e Gestalt-Terapia. São Paulo, Summus, 2007.
PERLS, Frederick; HEFFERLINE, Ralph; GOODMAN, Paul. Gestalt-terapia. São Paulo: Summus, 2007.
SOUZA, Simone Vieira de. O sentido ético da clínica gestáltica: gestalt-terapia com criança. Iº, 2008, Florianópolis SC. Iº GT Catarina – Encontro de Gestalt-Terapia, promovido pelo Instituto de psicologia clínica gestáltica Müller-Granzotto. Texto não publicado.
SWANWICK, Keith. Ensinando Música Musicalmente. Trad. Alda Oliveira e Cristina Tourinho. São Paulo. Moderna, 2003.
