n. 29 (15): Pesquisa, Arte e Pedagogia

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Editorial

É uma grande alegria apresentar a edição de número 29 da Revista da FUNDARTE, a qual nos traz uma grande diversidade de temas para serem saboreados.

O texto que abre a revista denominado Naturalismo e simbolismo-arestas e depressões no teatro moderno, de Marcelo Adams, fala de dois dos mais importantes movimentos artísticos surgidos na passagem do século 19 para o século 20. O artigo contextualiza o período em questão, privilegiando um possível hibridismo entre os dois movimentos na encenação de algumas peças de Tchékhov dirigidas por Stanislavski.

Lucas Pacheco Brum apresenta parte do resultado de sua pesquisa poética no artigo Da reconfiguração do espaço expositivo para um caminho poético, o qual teve como objetivo a reconfiguração do espaço arquitetônico da Galeria de Arte Loide Schwambach da FUNDARTE, passando por questões de arquitetura e tridimensionalidade.

O trabalho denominado Observações, planejamentos e práticas musicais de um grupo de bolsistas PIBID-Música: entre reflexões e ações na Escola, dos autores Bruno André Antunes, Cristina Cabral Fernandez, Eliana Haas, Felipe Pereira Claudio, José Luiz Gularte, Sinval Junior e Maria Cecília Rodrigues Torres é uma síntese de observações, planejamentos e práticas musicais de um grupo de bolsistas do Subprojeto Música, PIBID/CAPES/IPA.

Tatiana Cardoso da Silva e Carlos Roberto Mödinger, autores do artigo  O Jardim das cerejeiras: uma experiência artístico-pedagógica, descrevem o processo criativo da montagem O jardim das cerejeiras de Anton Tchékhov, no curso Graduação em Teatro: Licenciatura, da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul. O artigo relata e reflete sobre as opções realizadas durante o processo, tendo como referências autores como Stanislavski, Grotowski e Meyerhold.

O texto intitulado A arte inclusiva e a inclusão da Arte: alguns apontamentos, de João Guilherme Barreto Prandini Ricieri e Mateus Mioto dos Santos trata de um tema também muito relevante, voltado a compreensão dos aspectos relacionados ao ensino da arte e a implementação de práticas e políticas voltadas à inclusão em escolas públicas regulares.

Em A Prática Profissional e o Desempenho Docente, André Luis Wagner defende a ideia de que a docência deve estar pautada em alguns pilares, tais como: na busca de capacitação, na reflexão sobre as concepções de educação e de seu papel na sociedade e, aos saberes científicos, pedagógicos e político-sociais.

O texto denominado O projeto pedagógico do curso de Licenciatura em Música da UERGS: analisando-o a partir da legislação vigente e discutindo a proposta de formação inicial de professores de música, de Ranielly Boff Scheffer e Cristina Rolim Wolffenbüttel, trata da formação oferecida em nível superior, no curso de Graduação em Música: licenciatura da UERGS e sua proposta de formação do artista/professor.

Literatura, Música, Geografia e Educação: Simbolismo Cultural, de Marquessuel Dantas de Souza, é um estudo preliminar que busca discutir a relação que envolve Literatura, Música e Geografia no âmbito educacional, ao mesmo tempo que reforça a importância da temática para a discussão referente ao espaço geográfico como o espaço de vivência e de experiências do homem, articuladas às perspectivas fenomenológico-existenciais.

O próximo texto, cujo título é Redes colaborativas de criação em dança: a composição coreográfica na contemporaneidade, de Letícia Gabriela Lupinacci e Josiane Franken Corrêa tem como objetivos discutir a criatividade e analisar a cooperação nos processos colaborativos a partir da análise histórica de mudanças suscitadas por artistas pós-modernos na dança.

No texto Docência Performática: a condição pedagógica como espaço de criação, Márcia Pessoa Dal Bello discute a docência performática em teatro, defendendo a tese de que os professores  priorizam em suas aulas o desenvolvimento do processo criativo, performatizando o seu corpo como instrumento para a criação.

Sílvio Ferraz, no ensaio denominado Composição musical como campo de diálogo: para além das disciplinas, propõe um debate conceitual buscando pensar a composição musical dentro de um jogo que articula a filosofia, a biologia, a física, a literatura, a linguística, as tecnologias eletrônicas e digitais e a técnica composicional, de modo que a interação com as distintas disciplinas aconteça de fato, sem anular a força própria do domínio da criação.

E finalmente, Mariana Silva da Silva, no ensaio que se intitula Elaborar um trabalho de conclusão de curso em Artes Visuais: modo de usar em algumas notas, propõe um pequeno manual, que apresenta uma série de notas para auxiliar na elaboração de um trabalho de final de curso em artes visuais – poéticas visuais.

Para finalizar, ressalto a importância desta publicação da Revista da FUNDARTE estar sendo Lançada no VIII Encontro de Pesquisa em Arte, trazendo tantas possibilidades para se pensar a Arte, a Pesquisa e a Educação, cujos temas também foram objeto de estudo do referido Encontro.

Uma excelente leitura a todos.

 

Márcia Pessoa Dal Bello

Publicado: 08.07.2015

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