É FOGO… PROCESSO CRIATIVO EM ÁREAS DE RISCO
DOI:
https://doi.org/10.19179/2319-0868.799Palavras-chave:
processos de criação, crianças, zona de risco.Resumo
O Rio de Janeiro, Cidade Maravilhosa, conhecida no mundo inteiro por suas belezas naturais, é também caracterizada por contrastes sociais extremos, onde a vida em comunidades de baixa renda, marginalizadas pela crescente violência, ultrapassa os limites geográficos e ganha o mundo pela voz da mídia. Nesse cenário, crianças vivenciam situações de extremo risco que se entrelaçam com demais experiências e constroem conceitos e sua visão de mundo, impactadas pelo meio em que vivem. Nas escolas públicas que atendem crianças dessas comunidades, a violência ultrapassa o cotidiano e cria registros cruzados com o imaginário em narrativas culturais ricas de expressividade. Pensar a criança, nesse contexto específico, é um desafio que ganhou destaque nos últimos anos com pesquisadores da infância dentro do cenário brasileiro. Este artigo apresenta o desenho como ferramenta de construção, que contribui no processo de estruturação do pensamento e do olhar estimulando a criatividade e a liberdade de pensar. Nossa reflexão parte do resultado da uma oficina de imagem narrativa, desenvolvida no projeto “Segundo Turno Cultural”, que atendia o “Programa Escolas do Amanhã”. Os casos relatados se deram na escola municipal Julia Lopes, localizada em Santa Teresa, com alunos em sua maioria oriundos da comunidade do Morro dos Prazeres, e na escola municipal Anne Frank, situada dentro do terreno do Palácio Guanabara, sede do governo do estado, no bairro das Laranjeiras, onde os alunos pertencem a famílias de prestadores de serviços no comércio e condomínios da região.
Referências
ABRAMOVAY, M. (Org.). Cotidiano das escolas: entre Violências. Brasília: UNESCO; Observatório de Violências nas escolas; MEC, 2005.
BRUNER, J. Atos de significação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
CASSIRER,Ernst. Ensaio sobre o homem. São Paulo: Editora Wmf Martins Fontes, 2005.
ELIAS, Nobert. The civilizing process: sociogenetic and psychogenetic investigations. Massachusetts: Blackwell, 2000.
OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação. Petrópolis: Vozes, 1987.
VIGOTSKI, L. S. Imaginação e criação na infância. São Paulo: Ática, 2009.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Ao submeter um artigo à REVISTA da FUNDARTE e tê-lo aprovado, os autores mantem os direitos de autoria e concordam em ceder, sem remuneração, os seguintes direitos autorais à REVISTA da FUNDARTE : os direitos de primeira publicação e permissão para que esta revista redistribua esse artigo e seus dados aos serviços de indexação e referências que seus editores julguem usados.
Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons Não Comercial 4.0 Internacional.