ARTE DA CAPA

Autores

  • Cristhina Bastos Artista Visual

DOI:

https://doi.org/10.19179/rdf.v61i61.1583

Palavras-chave:

Artes Visuais

Resumo

Os casulos estão no imaginário coletivo como habitat de nossas transformações. Somos impulsionados por nossos desejos de mudar, transformar, melhorar e que a princípio partem das idealizações que fazemos, entretanto nem sempre esse ideal imaginado será o real. As velocidades das mudanças sociais, culturais e familiares na contemporaneidade, quase nunca são compatíveis com o tempo emocional de cada um de nós. O que ocorre em muitos casos é que, desejamos a mudança, sentimos necessidade de mudar e, no entanto, quando iniciamos o processo de transformação encontramos uma grande dificuldade em adaptarmos às novas situações apresentadas, por nos encontrarmos fixados ao passado, nas formas de nossos casulos anteriores. Eu construo casulos dentro de casulos, porque essas mudanças iniciam-se de dentro para fora e fora sempre dependerão de premissas anteriores.

Biografia do Autor

Cristhina Bastos, Artista Visual

Cristhina Bastos é graduada em Pintura pela Escola de Belas Artes na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e possui formação em Arquitetura e Urbanismo. Com um olhar multidisciplinar, suas invenções e reinvenções poéticas constituem um processo de pesquisa plástica focado nas metamorfoses das relações sociais e do comportamento interpessoal, áreas que despertam seu interesse.

Cristhina Bastos vem há algum tempo refletindo sobre a constituição celular de casulos. Por meio de estudos plásticos, se abre ao exercício de tecer e construir objetos cuja delicadeza do fio de cobre ou a aspereza da corda convida o olhar ao seu interior, ao que carregam e gestam dentro de si. Rígidos, porém porosos ao seu entorno, incorporam os elementos dos espaços que os acolhem.

Interessa-lhe encarnar nesses símbolos o desejo de mudança, mostrando-nos como seres nunca acabados, prontos e estáticos e que a vida é um longo processo de reconstrução de nós, da nossa espécie e da paisagem que nos rodeia.

 

Referências

Sem referência específica.

Publicado

16.09.2024

Como Citar

Bastos, C. (2024). ARTE DA CAPA. Revista Da FUNDARTE, 61(61), e1583. https://doi.org/10.19179/rdf.v61i61.1583

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