A ENCHENTE DO CAPITALISMO EM KINGDOM OF EARTH, DE TENNESSEE WILLIAMS

RACISMO, PROPRIEDADE E IDENTIDADE DE GÊNERO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.19179/rdf.v59i59.1371

Palavras-chave:

Dramaturgia, Racismo, Propriedade

Resumo

Este artigo analisa a peça teatral Kingdom of Earth (The Seven Descents of Myrtle), de Tennessee Williams no contexto histórico dos anos 1960 nos Estados Unidos. A pesquisa desconstrói a leitura hegemônica de família disfuncional da obra do autor, propondo uma análise dos contextos sociais, políticos e históricos presentes na obra. A proposta revela que Williams faz uma crítica às tradições da estrutura social, expondo tensões e contradições. A obra aborda questões da propriedade, de raça, heteronormatividade e busca por identidade na sociedade conservadora. Conclui-se que Williams utiliza elementos grotescos e referências à cultura pop para questionar normas sociais impostas e expor a diversidade, abordando questões da propriedade no contexto dos indivíduos afrodescentes perante os desafios da sociedade sulista estadunidense.

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Biografia do Autor

Luis Marcio Arnaut de Toledo, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, Campinas, SP/Brasil

Doutor em Teoria e Prática do Teatro pela Universidade de São Paulo (Escola de Comunicação e Artes - USP). Possui graduação em Licenciatura em Teatro pela Faculdade Paulista de Artes (2015) e em Engenharia Civil pela Universidade Estadual de Maringá (1990); Mestrado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Santa Catarina (1995), Especialista em Teatro-Educação (2017) pela Faculdade Paulista de Artes e Aperfeiçoamento em Planejamento de Sistemas Energéticos (1998) pela Unicamp. Atualmente é engenheiro da Universidade de São Paulo, consultor em dramaturgia e membro da Cia. Teatral Triptal. Faz estágio pós-doutoral na Universidade Estadual de Campinas no Instituto de Artes, no Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena, sob a supervisão do Prof. Dr. Marcelo Lazzaratto. Áreas de interesse: dramaturgia, dramaturgia estadunidense, teatro contemporâneo, teatro realista e naturalista, teatro do absurdo, teatro expressionista, análise dramatúrgica, crítica teatral, visualidades da cena, tradução de dramaturgia, dramaturgismo, teatro brasileiro, expressionismo.

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Publicado

19.06.2024

Como Citar

Toledo, L. M. A. de. (2024). A ENCHENTE DO CAPITALISMO EM KINGDOM OF EARTH, DE TENNESSEE WILLIAMS: RACISMO, PROPRIEDADE E IDENTIDADE DE GÊNERO. Revista Da FUNDARTE, 59(59), e1371. https://doi.org/10.19179/rdf.v59i59.1371