n. 11-12 (6): Arte, Ensino e Cultura
A Revista da FUNDARTE recebeu, para a presente edição - cuja temática é ARTE, ENSINO E CULTURA - muitos artigos para publicação. A quantidade de textos enviados ultrapassou a capacidade de uma revista de seu porte, mesmo em se tratando de uma edição que contempla dois números, o 11 e o 12.
É com imensa alegria e satisfação que anunciamos, pois, junto com a publicação desta edição, o sucesso que teve nosso edital de chamada de artigos. Ao mesmo tempo, pedimos desculpas a todos nossos colaboradores que enviaram seus textos e que não foram publicados na presente edição.
O critério adotado por nós foi selecionar os primeiros 14 artigos que, depois de aprovados pelos pareceristas e recebidas as revisões necessárias, estivessem aptos para a publicação.
Aos colaboradores, cujos artigos foram aprovados, mas que não tiveram participação nesta edição, pedimos, desde já, permissão para que possamos publicar seus trabalhos na próxima revista.
O primeiro texto publicado nesta edição é "O Ensino da Dança na Pré-escola: uma discussão metodológica", de Sílvia da Silva Lopes, que apresenta uma reflexão sobre o ensino da dança para crianças em idade pré-escolar, apontando alguns aspectos referentes a esse trabalho, quanto à metodologia e aos conteúdos a serem utilizados.
Em segundo lugar, temos o artigo "Teatro na Escola: formas de abordagem e condições de emergência", de Vera Lúcia Bertoni dos Santos, que traz "uma síntese das principais formas de abordagem do teatro presentes na educação escolar, identificando as suas condições de emergência e problematizando o sentido das diferentes práticas e concepções de teatro e de educação que essas formas envolvem".
A seguir, no artigo, "O Tempo Mítico em A Maldição do Vale Negro", Carlos Roberto Mödinger analisa como o tempo é apresentado na obra A Maldição do Vale Negro, texto dramático de Caio Fernando Abreu e Luiz Arthur Nunes, baseando suas reflexões nos conceitos de tempo profano e tempo sagrado, de Mircea Eliade.
"A Tempestade e Os Mistérios da Ilha - um apaixonamento entre pedagogia e direção", artigo de Jezebel De Carli, apresenta uma reflexão referente a aspectos da aprendizagem e da pedagogia relacionados com considerações a respeito de direção, concepção e montagem de espetáculos, na visão de alguns autores contemporâneos.
O artigo de Chico Machado, cujo título é "Colinas Ardentes: um exercício de aula para a concepção de figurinos cênicos", trata da construção de significados na criação de indumentária cênica, a partir de teorias referentes à linguagem visual e de conceitos da dramaturgia e da semiologia teatral.
Eduarda Azevedo Gonçalves, no artigo intitulado "Cartogravistas': a poética do céu e os platôs da criação", discorre a respeito de como o movimento da criação artística "partilha as coisas do artista e da arte no instante de colocar a obra no mundo", utilizando conceitos de Deleuze e Guattari e fazendo uma reflexão sobre sua produção mais recente.
O texto "Utopia Entre Atos: Inscrições no Corpo", de Ana Lúcia Mandelli de Marsillac, analisa algumas questões a respeito da constituição e apresentação do corpo a partir da obra de Gina Paine e Letícia Parente, inter-relacionando, para essa abordagem, Arte e Psicanálise.
Marilice Corona, no artigo intitulado "Algumas considerações sobre a metodologia da pesquisa em arte a partir de uma experiência particular em pintura", traz algumas questões a respeito da metodologia da pesquisa em arte a partir de reflexões sobre seu próprio processo de criação no campo da pintura.
No artigo, "Das Delicadas Tramas: 'Coisas de Iracema'", Elke Pereira Coelho Santana, através de uma análise da série de desenhos de sua autoria, Sem título (Coisas de Iracema), realizada em 2003, procura "investigar as possibilidades de confluência entre as ações desenvovidas no plano gráfico e suas relações metafóricas com experiências do sujeito".
O texto de Daniel Castro Oltramari, "Professores de Arte: o investimento do Estado de Santa Catarina na formação continuada de 1995 a 2005", refere-se a uma pesquisa sobre o investimento do Estado de Santa Catarina na formação continuada do professor de arte no período indicado no título, com dados levantados na região da Grande Florianópolis.
Já Maria Cecília de Araujo Torres, no artigo "Entre Temas e Caminhos de Pesquisa: escolhas de alunos de um curso de graduação em música", apresenta algumas questões referentes às escolhas dos temas, das abordagens metodológicas e dos caminhos de pesquisas de um grupo de alunos do Curso de Graduação em Música: Licenciatura, da FUNDARTE/UERGS, pra a realização de suas monografias de conclusão de curso.
Em "A Música na Educação Básica: reflexões a partir da legislação vigente e as possibilidades de trabalhos nas escolas", Cristina Rolim Wolffenbüttel faz uma reflexão a respeito da presença da música na Educação Básica. Entre outras questões, discute aspectos da legislação brasileira atual na educação, em contraste com a lei anterior de diretrizes e bases, relacionando o trabalho com a música nas escolas.
Graciela Hopstein, no artigo "Movimentos Culturais e Políticas Públicas: um pacto possível?", com ênfase no Programa Cultura Viva, implementado pelo MINC em 2004, procura "apresentar as dinâmicas sociais instaladas pelos movimentos culturais no Brasil com a finalidade de analisar as possibilidades efetivas de articulação 'movimentos - Estado' para a construção de políticas públicas de caráter democrático e universal."
Por fim, o artigo de Eluza Silveira, "A narrativa como instrumento pedagógico e metodológico: uma reflexão sobre a escrita de si", consiste em uma "reflexão sobre a narrativa como instrumento no que se refere à escrita de si como processo de formação e como método de pesquisa" e em uma análise sobre a "potencialidade da narrativa como estratégia teórico-metodológica na pesquisa e no ensino".
Desejo a todos e a todas uma boa leitura e que a revista lhes proporcione tantos novos conhecimentos e novos aprendizados quanto proporcionou para mim, ao coordenar, pela primeira vez, a edição de uma revista.
Marco de Araújo
Editor