n. 15 (8): Fundarte 35 Anos

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Editorial

A Fundarte, neste ano de 2008, está completando 35 anos de existência. E, como não poderia deixar de ser, a edição número 15 de sua revista, a primeira do ano, é comemorativa desse aniversário. É, pois, com satisfação e alegria redobradas que faço esta apresentação.

A capa da revista, como se pode observar, é composta por 36 quadros: um, com a marca dos 35 anos, e os outros com fotos correspondentes a algum acontecimento de cada ano de vida da instituição. Procurou-se, desse modo, contar, de forma visual, um pouquinho da história da fundação ao longo deste período.

O artigo que abre o número trata do ensino da língua portuguesa nos cursos de graduação em artes do convênio UERGS/FUNDARTE. É de Eluza Silveira e intitula-se “A contribuição do ensino de Língua Portuguesa nos cursos de graduação em artes da FUNDARTE/UERGS: o dizer dos alunos concluintes/2007”.

O segundo artigo, “’Desenho de De Kooning Apagado’ ou ‘Wo Es war, soll Ich werden’”, é de Andrea Hofstaetter. A partir da obra de Robert Rauschenberg, mencionada no título, a autora estabelece relações entre o fazer artístico e algumas idéias da teoria psicanalítica e do pensamento utópico. Utiliza, como principais referenciais, Freud, Lacan e Ernst Bloch.

O terceiro texto, de autoria de Daniela Linck Diefenthäler, é fruto da pesquisa de mestrado da autora, na qual procura investigar a construção dos imaginários infantis mediados pela cultura visual. O título do artigo é “Provocando o imaginário infantil: produzindo e criando imagens a partir da cultura visual”.

Tendo, também, como ponto de partida a cultura visual, Roberto Heiden e Ursula Rosa da Silva, em “Arte e memória: Interfaces a partir da cultura visual” propõem uma reflexão sobre o ensino de arte na escola, enfocando a obra “A Primeira Missa no Brasil”, pintura de Victor Meirelles.

Na seqüência, “Educação artística na redução de São Miguel Arcanjo” é o artigo de Graciela Ormezzano. Relata a investigação da autora a respeito dos processos educativos artísticos não formais introduzidos pelos jesuítas na redução missioneira mencionada no título.

Passando para a área da educação musical, temos o texto de Cristina Rolim Wolffenbüttel, que se intitula “A presença da música nos projetos político-pedagógicos das escolas e a importância das interlocuções entre as atividades musicais e a gestão escolar”. Trata, além de outras questões, da trajetória do ensino de música no Brasil e traz as principais concepções acerca desta temática.

Cristiane Duarte Sacramento, por sua vez, nos apresenta o artigo “Educação musical no ensino fundamental:
uma visão compartilhada”, cujo campo de estudo é a educação musical no ensino fundamental, desenvolvida
nas escolas da Rede Municipal de Educação da Prefeitura Municipal de Pelotas.

A edição encerra-se com o texto de Marcelo de Andrade Pereira, “Usos e sentidos da palavra na prática educativa: arte, linguagem e pensamento”, em que o autor discute as relações entre estas três áreas já especificadas no próprio título, com base em Heidegger, Nietzsche e Benjamin.

Agradecendo aos que enviaram seus textos à revista, principalmente aos colaboradores da presente edição, desejo a todos uma boa leitura.

Marco de Araujo
Editor

Publicado: 01.06.2008

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