LABORAR A DOCÊNCIA ENTRE ESPERA E PRESENÇA: UM ESTUDO DA EDUCAÇÃO COMO PERFORMANCE

Autores

  • Diego Winck Esteves Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Faculdade de Educação.
  • Máximo Daniel Lamela Adó Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Faculdade de Educação.

DOI:

https://doi.org/10.19179/2319-0868.818

Palavras-chave:

Docência, Aula, Improvisação

Resumo

Este texto propõe perspectivar a docência pela via da performance, tendo em vista que certa noção de espera pode condicionar possibilidades para improvisações numa aula. Trata-se de postular a docência como um fazer que lida com acontecimentos. Todavia, nossa existência se desdobra sobre uma cultura de sentidos, na qual é preciso constituir condições para produzir presenças, visto que os sentidos se impõem a todo o momento. Conjecturamos a espera como este artifício. Trata-se de um jogo onde a performance docente age no limiar entre educação e arte, uma vez que se aloca na interlocução entre o visível e o imprevisível, entre o factível e o improvável, laborando sobre o que passa numa aula, no instante imprevisível do presente.

Biografia do Autor

Diego Winck Esteves, Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Faculdade de Educação.

Graduado em Educação Física, licenciatura plena, pela Universidade de Santa Cruz do Sul -UNISC; Mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS; artista e professor de circo, dança e performance.

Máximo Daniel Lamela Adó, Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Faculdade de Educação.

Doutorado em Educação (PPGEDU/UFRGS), Mestrado em Literatura (Teoria literária) PPGL/UFSC), Graduação em Ciências Sociais (CFH/UFSC). Professor no Departamento de Ensino e Currículo e no Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.

Referências

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Publicado

30.09.2021

Como Citar

Esteves, D. W., & Adó, M. D. L. (2021). LABORAR A DOCÊNCIA ENTRE ESPERA E PRESENÇA: UM ESTUDO DA EDUCAÇÃO COMO PERFORMANCE. Revista Da FUNDARTE, 46(46), 1–18. https://doi.org/10.19179/2319-0868.818

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