CORPO, SOM E IMAGEM

INTERSECÇÕES ENTRE CRIAÇÃO MUSICAL E GÊNERO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.19179/rdf.v67i67.1663

Palavras-chave:

criação musical, pesquisa artística, epistemologias feministas, performance, cartografia

Resumo

Neste texto, relato os processos criativos de duas obras audiovisuais e improvisativas para violoncelo solo, refletindo sobre questões que emergem da criação. A partir de minha perspectiva de mulher-mãe, analiso a intersecção entre conhecimentos teóricos e práticos, e o diálogo com referenciais poéticos e filosóficos. Utilizando uma abordagem de pesquisa artística, onde criação e investigação se alimentam mutuamente, aplico a metodologia da cartografia e recorro a epistemologias feministas para mapear conexões entre música, gênero, maternidade e filosofia.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Giovanna Lelis Airoldi, Universidade de São Paulo - USP, São Paulo/SP, Brasil

Bacharel em música com habilitação em violoncelo pela Universidade de São Paulo, Giovanna Lelis Airoldi é mestre e doutoranda em Sonologia pelo programa de pós-graduação da mesma universidade, onde desenvolve pesquisa sobre os atravessamentos entre música e imagem. Se interessa especialmente pela performance em música contemporânea, pela música experimental e por práticas colaborativas.

Referências

ANZALDÚA, Gloria. La conciencia mestiza/ Rumo a uma nova conciencia. Estudos Feministas. Trad. Ana Cecília Acioli Lima. Florianópolis, v. 13, 2005, p. 704 - 719.

BASTOS, Helena (org.). Coisas vivas. Fluxos que informam. São Paulo: ECA/USP, 2021.

BASTOS, Helena. Corpo sem Vontade Imerso em Coisas Vivas. Rascunhos: caminhos da pesquisa em artes cênicas, Uberlândia, v. 7, n. 2, p. 5-22, jul./dez.

______. Bordados de corpus: os silêncios nos praticam. São Paulo: Revistas Aspas, v. 12, n.1, 2022.

BRAGAGNOLO, Bibiana. A cartografia como método para a Pesquisa Artística: uma proposição teórico-conceitual. ARJ –Art Research Journal, v.10, n.2, 2023.

COESSENS, Kathleen; CRISPIN, Darla; DOUGLAS, Anne. The artistic turn – a manifesto. Ghent: Orpheus Institute, 2009.

DELEUZE, Gilles. Cinema 1: the movement image. Trad. Hugh Tomlinson; Barbara Habberjam. Londres: Continuum, 2001.

______. Cour vincennes: le plan. St. Denis, 02 de nov de 1983. Disponível em: https://www.webdeleuze.com/textes/319

DELEUZE, Gilles; Guattari, Félix. Mil Platôs. São Paulo: Editora 34, 1995.

DELEUZE, Gilles; PARNET, Claire. Diálogos. São Paulo: Escuta, 1998.

DERRIDA, J. Mémoires d’aveugle. L’auto-portrait et autres ruines. Paris: Éditions de la Réunion des Musées Nationaux, 1990

FISCHER, Stela Regina. Mulheres, performance e ativismo: a ressignificação dos discursos feministas na cena latino-americana. 2017. Tese (Doutorado, Pedagogia do Teatro). ECA/USP, São Paulo, 2017.

GREINER, Christine. O corpo e os mapas da alteridade. Moringa: artes do espetáculo, João Pessoa, v. 10, n. 2, 2019.

HARDING, Sandra. A instabilidade das Categorias Analíticas na Teoria Feminista. In: Revista de Estudos Feministas, v.1, n.1, 1993, Rio de Janeiro: CIEC/ECO/UFRJ, p.19.

HEDDON, Deidre. Autobiography and Performance: Performing Selves. Londres: Macmillan Education UK, 2008.

KATZ, Helena. O ano que vem chegou, curso on-line, 2022.

KASTRUP, Virgínia. O tátil e o háptico na experiência estética: considerações sobre

arte e cegueira. Revista Trágica: estudos de filosofia da imanência. 2015, v. 8, n. 3, p. 69-85.

PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virgínia; ESCÓSSIA, Liliana da. Pistas do método da cartografia: Pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2009.

PERROT, Michelle. Une histoire des femmes est-elle possible?. Paris: Rivage, 1984.

RAGO, Margareth. A aventura de contar-se: feminismos, escrita de si e invenções da subjetividade. Campinas: Editora da Unicamp, 2013.

______. Epistemologia Feminista, gênero e história. Compostela: CNT, 2012.

RANIERE, Edio; HACK, Lilian. Somos nada mais que imagens: Entrevista com Anne

Sauvagnargues. Revista Polis e Psique, Porto Alegre, v. 10, n. 1, p. 6 - 29, 2020.

ROLNIK, Suely. Cartografa Sentimental: transformações contemporâneas do desejo. Porto

Alegre: Sulina e Editora da UFRGS, 2016.

ROSA, Laila; NOGUEIRA, Isabel. O que nos move, o que nos dobra, o que nos instiga: notas sobre epistemologias feministas, processos criativos, educação e possibilidades transgressoras em música. In: Revista Vórtex, Curitiba, v.3, n.2, p.25-56, 2015.

SAUVAGNARGUES, Anne. Deleuze et l’art. Paris: Presses Universitaires de France, 2005.

______ . Artmachines. Edimburgo: Edinburgh University Press, 2016.

SCHECHNER, Richard. “O que é performance?”. In: Performance studies: an introduccion, ed. 2. Nova York e Londres: Routledge, p. 28-51, 2006.

SIMONDON, Gilbert. Cours sur la Perception. Chatou: La Transparence, 2006.

______. Imagination et Invention. Chatou: La Transparence, 2008.

Publicado

01.12.2025

Como Citar

Lelis Airoldi, G. (2025). CORPO, SOM E IMAGEM: INTERSECÇÕES ENTRE CRIAÇÃO MUSICAL E GÊNERO. Revista Da FUNDARTE, 67(67), e1663. https://doi.org/10.19179/rdf.v67i67.1663