CORPO SUTIL E INTUIÇÃO

PRÁTICAS EXPANDIDAS NO ENSINO DO MOVIMENTO

Autores

  • André L. Rosa Universidade Estadual de Maringá -UEM, Maringá/PR, Brasil https://orcid.org/0000-0002-4932-2858
  • Iracy Vaz da Costa Universidade Federal do Pará - UFPA, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.19179/rdf.v67i67.1669

Palavras-chave:

Ensino do Movimento, Intuição, Corpo Sutil, Arte, Educação

Resumo

O presente texto aborda a intuição, o corpo enérgico e psicoemocional como temáticas relevantes para pensar o ensino do movimento nas Artes da Cena. Nosso objetivo foi destacar a importância da intuição e dos corpos sutis, assim como os saberes ancestrais e as práticas de autocuidado nas vivências corporais em sala de aula, seja na educação básica ou no ensino superior. A partir das pesquisas e experiências pedagógicas trouxemos algumas possibilidades de experimentações metodológicas de ensino que intersecionam corpo, mente e energia.  Ao integrar a intuição e as práticas não-ocidentais de cuidado de si, é possível valorizar formas de conhecimento que promovem o bem-estar emocional e a criatividade. As atividades propostas, como a leitura de cartas de tarô no/pelo corpo e exercícios de respiração (Pranayamas), demonstram a conexão entre as dimensões densa e sutil do corpo, revelando novas possibilidades de expressão e interação. Em conclusão, o reconhecimento da intuição e do corpo sutil como possíveis elos entre diferentes saberes do movimento torna-se um ato de criação e resistência, onde cada corporeidade manifesta sua singularidade e contribui para um tecido social da cena mais plural e expandido.

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Biografia do Autor

André L. Rosa, Universidade Estadual de Maringá -UEM, Maringá/PR, Brasil

André Rosa transita entre a cena e o audiovisual expandido, a pedagogia e os saberes anticoloniais. Artista e pesquisador das Artes do Corpo e das Imagens em Movimento. É docente na Licenciatura em Teatro da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Doutor em Estudos Artísticos com ênfase em Estudos Teatrais e Performativos pela Universidade de Coimbra, Portugal. Mestre em Artes Cênicas pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Licenciado em Educação Artística com habilitação plena em Artes Cênicas (Dança e Teatro) pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Suas pesquisas e produções artísticas se dedicam aos estudos e pedagogias do corpo e do movimento, pedagogia da performance, cena expandida e audiovisual experimental. Fundou o Movimento Sem Prega (Brasil/Portugal) e o Núcleo de Estudos e Criação Cênico-Visual (CNPq/UEM), projetos que investigam as dimensões culturais, políticas, raciais, espirituais, sexuais/gendéricas e linguísticas, funcionando como uma estrutura laboratorial nômade em arte, educação e mediações tecnológicas. Apresentou seus trabalhos cênico-visuais e ministrou oficinas e masterclasses em mostras e festivais no Brasil, Canadá, Portugal, Espanha, Bélgica, Uruguai e Grécia, e possui publicações de suas pesquisas em livros, revistas e periódicos nacionais e internacionais, destacando seu mais recente livro protocolos de convivialidade: performance, pedagogia e dissidências anticoloniais (Ed. Hucitec, 2023).

 

Iracy Vaz da Costa, Universidade Federal do Pará - UFPA, Brasil

Iracy Vaz é artista, pesquisadora e professora de Filosofia e Teatro. Pós-doutora em Artes pelo PPGARTES-UFPA, Doutora em Estudos Artísticos, com ênfase em Estudos Teatrais e Performativos na Universidade de Coimbra, Portugal (Bolsa Capes de Doutorado Pleno no Exterior 2015/2017). Mestra em Artes, linha de pesquisa em História, Crítica e Educação em Artes (2013) pela Universidade Federal do Pará, Brasil. Graduada em Filosofia pela Universidade Federal do Pará, Brasil (2010). Técnica em Formação de Atores pela Escola de Teatro e Dança da UFPA (2006). É professora da Escola de Aplicação da UFPA, desempenhando a docência nas disciplinas de Artes/Teatro e Filosofia há mais de uma década. Apresentou inúmeros trabalhos em eventos científicos no Brasil e no Exterior (Universidade Federal do Rio de Janeiro- Brasil, Universidade de Lisboa- Portugal, Universidade de Coimbra- Portugal, University of Sunderland- Inglaterra). Como artista-pesquisadora desempenha as funções de encenadora, dramaturga, e atriz. É fundadora do grupo teatral T.E.I.A.-Teatro experimental de Insurgências Amazônicas. Atualmente é Coordenadora do Projeto de pesquisa: "Pedagogia do autocuidado: diálogos entre o ensino do Teatro e as Práticas Integrativas e Complementares (PICS), onde investiga sobre práticas pedagógicas que possam promover a saúde física e psico-emocional nas instituições de ensino. É colaboradora do Plano Nacional de Formação de Docentes PARFOR desde 2014 e da Escola de Teatro e Dança da UFPA, onde ministra a disciplina de Filosofia do Teatro. Possui experiência nas áreas de Filosofia da Arte, Teorias de gênero, Estudos Pós-coloniais e Decoloniais, História do Teatro e Arte Educação.

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Publicado

01.12.2025

Como Citar

Rosa, A. L., & Costa, I. V. da. (2025). CORPO SUTIL E INTUIÇÃO: PRÁTICAS EXPANDIDAS NO ENSINO DO MOVIMENTO. Revista Da FUNDARTE, 67(67), e1669. https://doi.org/10.19179/rdf.v67i67.1669