CARTAS NARRATIVAS:

O que eu (Com)Vivi na Fundarte

Autores

  • Bruno Almeida Felix FUNDARTE/UNISC/UFSM
  • Marcia Dal Bello
  • Júlia Hummes

Palavras-chave:

Arte, FUNDARTE, Cartas Narrativas

Resumo

Para apresentar esta obra, retomo alguns trechos – realizando adequações ao texto a este tempo – do Projeto de Pesquisa intitulado: “CARTAS NARRATIVAS: O QUE EU (COM)VIVI NA FUNDARTE” (ALMEIDA, 2021), publicado nos Anais do 27º Seminário Nacional de Arte e Educação, da FUNDARTE – uma ação articulada entre o “Grupo de Pesquisa da FUNDARTE” (FUNDARTE/CNPq) e o Grupo de Pesquisa “Estudos Poéticos: Educação e Linguagem” (UNISC/CNPq), os quais integro.
As palavras podem carregar diferentes significados. Elas podem provocar diferentes reações em quem as falam e as escutam, em quem as escrevem e as leem. Independentemente da posição em que estejamos, quer seja como narrador e/ou ouvinte, escritor e/ou leitor, as palavras também podem revelar algo sobre nós, sobre quem as produz, sobre quem a atribui significações diante dos acontecimentos da vida no mundo em que habitamos.Nesse contexto, narrar as histórias vividas, poderão revelar experiências que atravessara diferentes momentos de nosso cotidiano, fazendo emergir distintas percepções aos atravessamentos das artes e da educação em arte nos contextos culturais oportunizados pela Fundação Municipal de Artes de Montenegro – FUNDARTE, ao decorrer de suas cinco décadas de existência.
É ao reconhecer que as narrativas escritas – ou seja, as Cartas Narrativas, como é denominada nesta proposição – podem desvelar experiências que passam e que nos passam, como nos propõe Larrosa (2002), sobre os sentidos produzidos pela experiência em nós, que a História dos diferentes tempos (passado e presente) de (com)vivência na FUNDARTE puderam ser complexificada, por parte de seus docentes, colaboradores e estudantes, a partir desta obra.
Esses sujeitos da experiência (LARROSA, 2002), que (com)vivem e/ou (com)viveram na FUNDARTE, são entendidos enquanto potências históricas, sociais e culturais, principalmente ao reconhecermos que é através dessa instituição de ensino, que desde 7 de junho de 1973 se consolida na cidade de Montenegro – Rio Grande do Sul, enquanto uma escola de artes, oportunizando o acesso ao ensino das Artes Visuais, da Dança, da Música e do Teatro.Com o passar dos anos de sua existência, histórias foram escritas, vidas foram (trans)formadas, processos de ensino e aprendizagens foram mutuamente atravessados por todos aqueles que fizera da fundação um lugar de acolhimento artístico e cultural.
Portanto, é sobre esse lugar singular que cada um que se permitiu estar aberto à educação através e com a arte que surge o questionamento:
Que Histórias podem ser contadas por aqueles que (Com)Vivera através da Arte na FUNDARTE?
Com vistas às respostas ao questionamento, esta obra, intitulada: “CARTAS NARRATIVAS: O que Eu (Com)Vivi na FUNDARTE”, emerge da proposição de minha tese de doutoramento em educação, desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação – Doutorado, da Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC, e vinculada à Linha de Pesquisa: “Aprendizagem, Tecnologias e Linguagem na Educação”.Nesse sentido, as 38 Cartas Narrativas, aqui relacionadas, permitem conhecer as Histórias de Vidas que foram transversalizadas pelas artes na FUNDARTE, na interlocução-escrita de professores, colaboradores e estudantes que se fizeram presentes em diferentes tempos e espaços de (Com)Vivência na instituição – sendo este o objetivo central da proposição que deu origem a esta obra.
O desenvolvimento da pesquisa que deu origem a este livro pode complexificar algumas lacunas sobre os acontecimentos histórico-artísticos da FUNDARTE, a partir das Cartas e dos Registros Artísticos (fotografias) compartilhados por aqueles que tivera as suas histórias de vida atravessadas pela arte na instituição.
Identificar e reconhecer os sujeitos da experiência (docentes, colaboradores e estudantes), enquanto “um espaço onde têm lugar os acontecimentos”, fortalece a concepção de que a experiência emerge enquanto uma “possibilidade de algo que nos aconteça ou nos toque”, algo que nos exija tempo para “parar para pensar, parar para olhar, parar para escutar”, além de nos permitirmos “falar sobre o que nos acontece”, cultivando a arte dos encontros (LARROSA, 2002, p. 24).
É através dessa exposição escrita, sobre aquilo que transformamos em experiências por (com)viver na FUNDARTE, que se propõe complexificar a importância da existência da instituição à formação social, cultural e humana de todos que por ela se permitem ser atravessados.
Assim, te convido a entrar, conhecer e se emocionar com as histórias que aqui se passam, que revelam sentidos e sentimentos através da arte e da educação que já perpassam cinco décadas na cidade de Montenegro.
Amorosamente,
Bruno Felix da Costa Almeida

Publicado

2023-05-30